domingo, 12 de dezembro de 2010

Chiclete

Terceiro dia de aula em uma escola estranha, eu não era mais o excluido, na verdade nem tinha chegado a ser, estava na turma dos meninos populares mas, ainda não tinha liberdade total com as meninas populares, e a Clarissa, a mais popular, linda e por sinal, a que tinha feito meu coração bater mais forte, nunca havia conversado comigo e muito menos me dado um oi.

Até que, naquele intervalo, eu estava, como de costume, sentado em minha cadeira. Abri um chiclete, coloquei na boca e comecei a mascar delicadamente, foi ai que eu vi aquele longo cabelo castanho e aqueles olhos verdes nos quais eu me perdia se virando em minha direção. Seus cabelos balançavam ao vento a medida que ela se aproximava de mim naquele rebolado perfeito que só ela tinha. Meu coração palpitava, estava em pulo quando ela sentou ao meu lado, abriu a boca por onde saiu um delícioso cheiro de menta fresca e me disse com a mais doce voz de anjo que eu já havia ouvido em toda a minha vida:

- Me dá um chiclete?

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